O Laboratório de Letramento Acadêmico (LLAC) em Línguas Materna e Estrangeiras foi criado em 2011 pelas Profas. Dras. Marília Mendes Ferreira e Eliane G. Lousada, das áreas de inglês e francês do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
A grande motivação para tal iniciativa se deve à constatação das professoras envolvidas da necessidade, cada vez mais urgente, da universidade em geral e, especificamente da graduação, de preparar os alunos para novos contextos de comunicação em que a língua materna e a estrangeira convivem e o registro escrito é fundamental.
Por um lado, as disciplinas da graduação dos diversos cursos da USP não dispõem de tempo suficiente para o ensino da escrita, seja em língua materna, seja na língua estrangeira. Os alunos frequentemente ingressam na USP com uma experiência de escrita restrita a gêneros relacionados a provas padronizadas para avaliação do sistema de ensino e vestibulares e nas quais está praticamente ausente uma socialização com as especificidades do discurso acadêmico.
Por outro lado, com a internacionalização e as crescentes oportunidades de intercâmbio na graduação, as necessidades dos alunos em escrever adequadamente na língua estrangeira se impõem. Adicionado a isso, a escrita não é uma habilidade alvo nos cursos de idiomas, local tradicional e de prestígio na sociedade brasileira para a aprendizagem do idioma estrangeiro.
Dessa forma, o laboratório de letramento acadêmico representa uma ação inédita no âmbito da USP de atuar nas deficiências do letramento, conduzindo os alunos a uma socialização efetiva do discurso acadêmico e das tarefas exigidas na graduação, através de monitorias individuais a esses alunos.
Do ponto de vista da pós-graduação, os desafios também são muito grandes, pois os mestrandos e doutorandos tampouco dominam os gêneros acadêmicos que são solicitados nesse contexto: projeto de pesquisa, relatório de qualificação, dissertação, tese, artigo científico, entre outros gêneros, inclusive os orais. Essas dificuldades, presentes na língua materna, se intensificam quando se trata da língua estrangeira, cada vez mais necessária para a internacionalização das pesquisas, seja em apresentações orais em congressos ou em artigos científicos.
O LLAC surge então como uma perspectiva de colaboração para a produção textual de gêneros acadêmicos, tanto na graduação, quanto na pós-graduação, contribuindo, assim, para o letramento acadêmico de graduandos e pós-graduandos.
Mais informações no link http://letramentoacademico.fflch.usp.br/